A privação de sono (nos seus diferentes níveis) afeta o desempenho do ser humano em diferentes aspetos. Já escrevemos sobre como aumenta o risco de acidentes de trabalho e os custos para a empresa, de obesidade infantil, afeta a saúde cardíaca e até a eficácia das vacinas.
Mas, alguns investigadores, perceberam que ainda não estava clara a relação entre privação de sono e a forma como controlamos a marcha, ou seja, a forma como o sono (ou falta dele) afeta o equilíbrio, e a forma como andamos e nos movemos. Para estudarem essa relação recorreram a 30 estudantes universitários, que se voluntariaram para o efeito.


Primeiro, os participantes do estudo foram divididos em três grupos: grupo de controlo (pessoas que dormiam pouco durante a semana mas compensavam no fim-de-semana), grupo de restrição crónica do sono (pessoas que não fazia compensação do sono) e grupo de privação aguda do sono (pessoas impedidas de dormir durante uma noite). Posteriormente, todos tiveram de caminhar numa passadeira, onde tinham de respeitar um ritmo e coordenar passos.
As primeiras conclusões mostraram que as pessoas do grupo de privação aguda do sono apresentaram menos equilíbrio e mais dificuldade em respeitar o ritmo pedido.

E foi o grupo de controlo o que obteve, globalmente, melhores resultados, o que pode indicar que haja efetivamente um mecanismo de compensação que afeta o desempenho motor.