Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. O provérbio popular não é confirmado pelo mais recente estudo da Universidade da Califórnia, publicado pelo jornal científico SLEEP, mas o certo é que uma em cada 300 pessoas sofre de uma alteração no ciclo de sono que faz com que tenham sono bem cedo e acordem naturalmente antes de toda a família.

Na prática, o relógio biológico funciona com algum adiantamento, fazendo com que seja possível dormir perto das oito da noite e acordar antes do nascer do sol. O que acontece é que, nestas pessoas, a melatonina (responsável por “chamar” o sono) é libertada prematuramente e outras alterações corporais (como a descida da temperatura) também acontece mais cedo do que na maioria das pessoas.
Esta condição foi chamada de “advanced sleep phase” (fase avançada do sono) e nada tem a ver com o hábito de acordar cedo ou com distúrbios como a ansiedade e a depressão que promovem um despertar mais precoce.

Como um dos autores do estudo explicou, pode ser muito difícil para estas pessoas ficarem acordadas até mais tarde para compromissos sociais, por exemplo.
O estudo, qua analisou 2422 pacientes, percebeu que estas pessoas são mais leves e que se sentem descansadas com menos horas de sono. Exemplo disso é que, aos fins de semana dormem em média mais 10 minutos, enquanto que as restantes pessoas prolongam o sono por mais meia hora nos dias de folga.

Este estudo concluiu que a fase avançada do sono é muito mais comum do que se suspeitava e não está relacionada com depressão, envelhecimento ou qualquer outro fator que possa afetar o sono.
As pessoas com fase avançada do sono são, simplesmente, apenas pessoas matutinas.