Um sono de qualidade, além de fortalecer o sistema imunitário, ajuda a recuperar de situações de doença, e tem efeitos muito positivos na concentração, memória e criatividade.

Por outro lado, sabemos o quão perigoso é para a saúde não dormir o suficiente. Estudos demonstraram, inclusive, que a privação de sono também afeta a resposta imunológica às vacinas, como vacina contra a gripe: os pacientes privados de sono (<7 horas de sono por noite) têm uma resposta do sistema imunológico inferior e estão mais propensos a contraírem o vírus.

Sobre vacinas contra a hepatite ou o vírus H1N1 (gripe suína), há investigação que mostra que quando as pessoas não dormem na noite após receber a vacina, a resposta imunológica do corpo é mais fraca. Em alguns casos, isso reduz a proteção da vacina e pode até exigir uma segunda dose da mesma.

Parte da explicação está no facto das pessoas, por não dormirem o suficiente, não darem ao corpo tempo suficiente para desenvolver memória imunitária, deixando-as, potencialmente, desprotegidas, apesar de terem sido vacinados.

E no caso das vacinas contra a Covid-19?

Pesquisas sobre o sono e as vacinas contra a COVID-19 ainda não estão disponíveis, pelo que não é possível garantir que a eficácia das mesmas seja afetada pelo sono.

No entanto, tal como acontece com outras doenças e outras vacinas, há investigação que aponta para também haver memória imunitária mais duradoura para o novo coronavírus. Portanto, se a privação de sono afeta as das células T, importantíssimas para o sistema imunitário e na produção de anticorpos, a capacidade um ataque eficaz ao vírus pode estar comprometida.