No #QueroDormir há já informação disponível sobre como as sestas podem ser benéficas tanto para a sua saúde quanto para sua produtividade, independentemente da idade.
Mas é importante que este hábito seja prática assente nas creches e infantários. Uma preocupação que a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) levantou, com o objetivo de promover a uniformização e também ajudar e promover uma melhor prática da sesta da criança.
No documento Prática da Sesta da Criança nas Creches e Infantários, Públicos ou Privados, além de uma série recomendações, são apontadas as inúmeras vantagens da sesta. “Melhores resultados na saúde, nomeadamente a nível da atenção, comportamento, aprendizagem, memória, regulação emocional, qualidade de vida e saúde mental e física” estão cientificamente associados a um sono de qualidade e com a duração recomendada, numa base regular.
Existe também uma associação entre o sono e a consolidação da memória, ou seja, na retenção da informação recebida.
Foto: Daiga Ellaby
A SPP refere ainda estudos que indicam que à medida que crescem e têm uma maior maturação neurológica, as crianças suportam períodos de vigília cada vez mais longos entre um período de aprendizagem inicial e a consolidação da memória dependente do sono. Por isso, “a janela de tempo durante a qual o sono tem impacto na memória é muito mais estreita nos lactentes”, beneficiando de “uma sesta dentro das primeiras 4 horas após a aprendizagem, de forma a fazerem a extração e a retenção da informação recebida”. Nos lactentes, “os períodos de sono mais frequentes permitem-lhes codificar e consolidar o afluxo contínuo de informação a que são expostos diariamente”. Este benefício, da consolidação de conhecimentos com a sesta é ainda maior nas crianças que fazem a sesta regularmente.
Há autores, referidos no mesmo documento, que consideraram mesmo a indicação da sesta para apoio de crianças com dificuldades de aprendizagem.
Sabia que a privação da sesta em idade pré-escolar pode influenciar uma série de perturbações?
