A síndrome das pernas inquietas (SPI) é um distúrbio do sistema nervoso que provoca um desejo de mexer as pernas, considerado um distúrbio do sono porque, geralmente, interfere com o descanso dos doentes.
A prevalência desta doença não é bem conhecida, com estudos que sugerem valores entre 0,1% e 15,3%. Sabe-se que é mais comum com o avançar da idade e entre as mulheres, por estar muitas vezes associada à gravidez.
A SPI carateriza-se por sensações desconfortáveis nas pernas (e às vezes nos braços ou em outras partes do corpo) e uma vontade inevitável de mexer as pernas para aliviar as sensações, descritas como “comichão nos ossos”, “alfinetadas”, “insetos caminhando pelas pernas”, “pernas que querem dançar sozinhas”.

Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem com o movimento e são evidentes quando a pessoa está em descanso. À noite, quando os sinais são mais pronunciados, por vezes é visível o movimento dos pés, dedos e pernas.
Para algumas pessoas, os sintomas podem causar perturbações severas do sono que podem prejudicar significativamente a qualidade de vida.
Além de dificultarem o adormecer, 80% destas pessoas apresentam movimentos a cada 20-30 segundos durante toda a noite, que evidentemente causam despertares e interferem com o sono.

Problemas de sono vêm com a idade?

Existem dois tipos de síndrome de pernas inquietas.
O mais comum é o tipo primário, no qual se desconhece a causa, que terá algum componente genético, com tendência para ser crónico e, portanto, prolonga-se ao longo da vida.
No tipo secundário, a SPI é causada por outra doença ou condição médica ou por alguns medicamentos. E por isso, os sintomas desparecem após esse período.