A quantidade de açúcar que ingerimos durante o dia pode interferir com o sono. Mesmo que não nos desperte, o açúcar presente no corpo pode privar-nos de um sono profundo, o que faz com que nos sintamos exaustos no dia seguinte.

Outro aspeto importante é que ao consumirmos muito açúcar o organismo reduz a atividade das chamadas células da orexina, que leva a uma queda de energia, que induz a sesta. Mas, para que seja cumprido o padrão normal do sono, é essencial que os níveis de açúcar no sangue se mantenham estáveis ao longo do dia.

E os chocolates?

O chocolate contém cafeína, que já se sabe é um estimulante. Mas, a quantidade varia de acordo com o tipo de chocolate. A regra é que quanto mais escuro for o chocolate, mais cafeína tem. Em média, cada 30 gramas de chocolate tem uma quantidade de cafeína correspondente a uma chávena de café descafeinado.
E ao consumir alimentos ou bebidas com cafeína vai estimular o sistema nervoso e o cérebro, o que pode ajudar no combate da fadiga, mas perto da hora de deitar pode mantê-lo mais desperto.

Embora o chocolate preto contenha cafeína, ele também contém serotonina, um neurotransmissor que pode ajudar a relaxar. Curiosamente, o chocolate de leite não contém serotonina e pode realmente fazer com que se sinta mais acordado.

Além disso, o chocolate tem outros estimulantes, como a teobromina, que aumenta a frequência cardíaca e causa insónia. A isto junta-se o fato das substâncias que compõem o chocolate induzirem a libertação de feniletilamina, conhecida como a “anfetamina do chocolate”, que faz alterar a pressão arterial e a glicose, aumentando a excitação e o nível de alerta.
Claro que o chocolate também induz a libertação de outros neurotransmissores, como as endorfinas (hormonas que reduzem o stress) e a serotonina (com efeitos antidepressivos).