O bebé prematuro é aquele que nasce antes das 37 semanas de gestação, necessitando muitas vezes de ficar internado para acompanhamento médico e vigilância do seu desenvolvimento. É normal que as rotinas do espaço interfiram com o seu próprio ritmo de sono. E, quando chega o momento da alta hospitalar, os prematuros podem apresentar mais dificuldade em regular os seus relógios biológicos do sono.

 

Os motivos prendem-se com algumas situações comuns, enquanto estão internados:

Incapacidade de se auto-acalmar: eles acordam e não conseguem acalmar-se sozinhos, e voltar a dormir. Isto acontece devido ao seu sistema nervoso imaturo.

Sentem falta do “colo”: isso é devido ao pouco tempo que ficaram no útero ou à impossibilidade de serem afagados com tanta frequência. Pode ser uma combinação de ambas as circunstâncias.

Problemas com a amamentação: devido ao seu tamanho e desenvolvimento, os prematuros podem ter dificuldade em mamar. E, se eles estão com fome, têm mais dificuldade em adormecer.

Por isso é importante que, ainda no hospital, o prematuro comece a entender a dinâmica dia / noite. Em muitas unidades pediátricas, há um cuidado acrescido com a diminuição da luz, dos sons e o manuseio mínimo do bebé durante a noite.

Essa adaptação do relógio biológico do sono também vai depender do grau de prematuridade do bebé, mas em geral, com 8 meses de idade cronológica, já começar a dormir a noite toda ou, pelo menos, por períodos mais prolongados.

Para percebermos melhor: um bebé que nasce a termo (39-40 semanas) fica cerca de 15-20 minutos em sono profundo e 65-70 minutos em sono leve. Um prematuro, no início da sua vida, pode ficar apenas 2-5 minutos em sono profundo antes de voltar para o sono leve. Na realidade, todos os bebés, prematuros ou não, começam a dormir em sono leve e, se não forem perturbados, acordam do sono leve também.

É necessário respeitar os períodos de sono de bebé, devendo-se acordá-lo nos primeiros tempos se passou muito tempo sem mamar. Devem aproveitar-se os momentos em que está a acordado para o estimular: falar, cantar, ler-lhe, mudá-lo de posição, massajá-lo e dar-lhe liberdade para se movimentar.