Se está à espera de um dia de feriado ou do fim-de-semana para pôr o sono em dia, saiba que não vai conseguir. Claro que dormindo mais fará com que se sinta, à partida, mais descansado e bem-humorado, mas um novo estudo publicado na Current Biology mostra que as horas extra de sono não vão compensar as noite mal dormidas.

Investigadores da Universidade do Colorado em Boulder dividiram um conjunto de pessoas em três grupos diferentes. Ao longo de nove dias, o primeiro grupo foi permitido dormir nove horas todas as noites, enquanto o segundo grupo dormia cinco horas. O terceiro grupo ficou limitado a cinco horas por noite, durante cinco dias, podendo dormir as horas desejadas nas duas noites seguintes, antes de voltarem às cinco horas por noite.

Com este método perceberam que os grupos, que tiveram o sono mais limitado, obtiveram os piores resultados em saúde e registaram também uma maior ingestão calórica nos snacks noturno, ganho de peso e diminuição da sensibilidade à insulina (que pode levar ao aumento da pressão arterial, açúcar elevado no sangue e mais gordura corporal na zona abdominal).

O que menos seis horas de sono fazem ao metabolismo

Estas descobertas sugerem que manter um horário regular (os especialistas recomendam algo entre seis a oito horas) é o ideal para a sua saúde metabólica, e estar constantemente a compensar a falta de sono aos fins-de-semana não é estratégia benéfica para a saúde.

É possível que demore algum tempo para que o seu corpo se adapte a uma rotina, especialmente se mantinha horários de sono irregulares. É importante ser paciente e perceber que esta mudança não acontece de um dia para o outro.