A chegada do horário de verão, no final do mês de março, tem impactos na qualidade do sono e, consequentemente, no descanso das pessoas.
Teresa Paiva, Neurologista e membro do Conselho Consultivo do #QueroDormir, refere à plataforma i-Sleep, que “a mudança da hora causa-nos pequenos jet-lag que são prejudiciais ao dormir e aumentam os riscos para a saúde”.

Estudos mostram, que por se dormir menos uma hora nesta mudança dos relógios, há uma diminuição na qualidade do sono, o que provoca sonolência no dia seguinte. Algumas pesquisas feitas na Finlândia mostram ainda que esta alteração no padrão do sono, que corresponde a menos uma hora de descanso, diminuem o estado de alerta, levando ao aumento de acidentes rodoviários.
“Por sua vez, um estudo publicado no The American Journal of Cardiology refere que durante a primeira semana do horário de verão há tendência a verificarem-se mais ataques de coração devido ao aumento do stress.”

Teresa Paiva está entre a maioria dos europeus que defende o fim das mudanças de hora (que acontecem atualmente duas vezes por ano), afirmando que “os riscos para a saúde são maiores. A não ser que seja extremamente necessário do ponto de vista económico, a hora não deve ser alterada”.
Para a neurologista, devemos manter-nos sempre  no horário de inverno, que nos permite “ficar alinhados com a hora solar e é assim que deve ser”, acrescentando que “o horário de inverno também permite não ter o pôr do sol tão tarde. Se  apanharmos muita luz à noite há bloqueio da melatonina, tem-se menos sono e vamos mais tarde para a cama. Portugal já é o país mais tardio do mundo”.