É possível que crianças de diferentes idades partilhem pacificamente o mesmo quarto. Mas nem sempre sabemos como fazê-lo e isto pode fazer a diferença no bem-estar da família.
Tal como as decisões de co-sleeping, a hora de dormir, a decisão de as crianças partilharem ou não o quarto pertence também às famílias. Na verdade, não há uma decisão mais acertada do que outra.

No entanto, muitas famílias, por falta de espaço ou por opção, têm filhos de diferentes idades a partilhar o espaço onde vão dormir. Então como fazer com que funcione?
Além das crianças serem surpreendentemente adaptáveis há sempre pequenos ajustes necessários para que todas as crianças tenham a mesma qualidade de sono e usufruam irmãmente do espaço.

Horários
Se a hora de dormir é igual para todos, o ideal é juntá-los para lerem uma história todos juntos e começar assim a rotina familiar para adormecer. No entanto, se alguma das crianças precisa de dormir mais cedo, a rotina de dormir da(s) outra(s) criança(s) tem de ser iniciada noutro espaço, como por exemplo, na sala de estar, num ambiente tranquilo e com pouca luz. Assim, será mais fácil quando for colocá-la(s) na cama.

Partilhar o espaço
A maioria das crianças gosta de partilhar o quarto, sentindo-se confortada pela presença de outra pessoa.
Mas para uma criança que estava habituada a dormir sozinha, é possível que haja a sensação de invasão do espaço. Nestes casos, é necessário encontrar formas para que haja uma divisão do espaço e sejam criados limites. Por exemplo, cada criança pode ter a sua própria cama, onde só entra quem for convidado.

Privacidade
Vários meninos e meninas partilham o cama/quarto por vários anos, mas com a chegada da adolescência deixam de o fazer. Alguns especialistas recomendam que se encontre outra solução por volta dos seis anos de idade, enquanto outros acreditam que é bom continuarem a partilhar o quarto até à pré-adolescência. De qualquer forma, questões de privacidade são inevitáveis e é importante estar preparado para lidar com elas quando surgirem.