Passa horas a jogar? Tem dificuldade em desligar a consola para ir dormir?
Este é um problema comum. E se não for o seu caso, talvez haja alguém aí em casa com estas características.
Não há muita investigação sobre o impacto dos videojogos no sono e, normalmente, são direcionados a crianças e adolescentes, já que são os mais propensos em optar por jogar em vez de dormir.

Um estudo de 2012 realizado pela Universidade de Flinders (Austrália) descobriu que os participantes que jogavam por 150 minutos ou mais à noite relatavam um atraso no sono de 39 minutos, de acordo com os diários de sono. Além disso, perdiam cerca de 27 minutos, em média, de sono durante a noite.
O estudo percebeu ainda uma diminuição, cerca de 12 minutos, no tempo de sono no estágio REM – fase do sono essencial para solidificar memórias/conhecimentos.

Outro estudo da revista Pediatrics analisou os efeitos da televisão e dos videojogos à noite em crianças entre os 3 e os 5 anos.
Os resultados mostraram que 28% das crianças que viam televisão ou jogavam por pelo menos 30 minutos depois das 19h teve problemas de sono na maioria das noites. Das crianças que tiveram em frente ao ecrã antes das 19h, apenas 19% relataram problemas de sono.
Já em 2003 um estudo, publicado no Journal of Applied Physiology, descobriu que participar de atividades eestimulantes, como jogar videojogos antes de dormir, pode fazer com que o corpo produza menos melatonina – a hormona do sono.

Videojogos e redes sociais: que relação?


Muitas pessoas adormecem em frente à televisão ou quando veem um filme. São atividades passivas que não precisam da sua interação. Já os videojogos necessitam, muitas vezes, de um pensamento estratégicos e de tomada de decisões. O mesmo se passa no universo das redes sociais, com gostos, comentários, mensagens a entrara a qualquer momento.
Além disso, podem ser um desafio significativo para dormir, especialmente considerando que 90% das pessoas entre os 18 a os 29 anos levam os smartphones para a cama.