A narcolepsia é um distúrbio do sono que faz com que uma pessoa caia instantaneamente num sono profundo a qualquer momento, mesmo no meio de uma atividade, como conversar. Estes episódios de sono não são muito longos, durando normalmente entre alguns segundos e poucos minutos.

Este distúrbio, que afeta cerca de uma pessoa em cada 2 mil a 3 mil pessoas, pode ter um impacto enorme na qualidade de vida de uma pessoa. Isto porque os episódios podem acontecer durante o trabalho, na escola, enquanto conduz ou a jantar em família. E a narcolepsia é uma doença crónica, começando entre os 7 e os 25 anos.
E contrariamente ao que de poderia supor, as pessoas que sofrem deste distúrbio não descansam adequadamente, isto porque acordam regularmente durante a noite.

Sintomas da doença

Mas adormecer subitamente não é o único sintoma da narcolepsia. Sonolência diurna excessiva, falta de energia, sensação de exaustão são outros dos sinais da narcolepsia.

Além disso, 70% destas pessoas sofrem ainda de cataplexia, perda breve e repentina do controlo voluntário de músculos do corpo e há outros efeitos colaterais: paralisia do sono – que impede que uma pessoa se mexa antes ou logo depois de acordar – e alucinações.

Há causas conhecidas?

A maioria dos casos de narcolepsia explicam-se pelos baixos níveis de hipocretina, um neurotransmissor que está ligado à vigília – o que pode explicar o facto destas pessoas entrarem logo na fase REM o sono (o habitual é que aconteça cerca de uma hora depois de adormecermos).

Embora exista medicação (como estimulantes ou medicamentos reguladores do sono) e algumas mudanças no estilo de vida (ter um horário rigoroso para dormir, sestas e exercício, por exemplo) que podem ajudar a aliviar os sintomas da doença, não há cura para a narcolepsia.