O nascimento de um bebé é um ponto de viragem no sono de muitos pais, especialmente se, em vez de uma criança para cuidar, tiverem gémeos. Naturalmente, as mães que amamentam têm uma fadiga acrescida, mas qual o impacto que este aumento da família tem na forma como dorme o pai e a mãe?

Foi o que tentaram avaliar investigadores da Escola de Enfermagem da Case Western Reserve University, nos Estados Unidos da América, com o estudo “Diferenças de género e fragmentação dos padrões de sono no pós-parto em pais de gémeos”.

Através de um dispositivo colocado no pulso dos participantes e do registo diário dos horários de sono, os investigadores obtiveram dados que permitiram concluir que os pais de gémeos veem o seu sono interrompido quase tantas vezes como as mães.

Referem mesmo que, nas duas primeiras semanas, os pais tiveram significativamente menos sono noturno (5,4 horas) do que as mães (6,2 horas)

Ambos se levantaram em média 3 a 6 vezes por noite, durante os três primeiros meses. Após o terceiro mês, o sono dos pais continuou a sofrer perturbações mas, na generalidade, as mães faziam mais interrupções no sono durante a semana.

Os investigadores concluíram ainda que ambos os pais não conseguiram recuperar as horas de sono durante o fim de semana. A boa notícia é que a qualidade do sono aumentou significativamente ao longo do tempo de forma linear para ambos os pais.