Um estudo publicado em maio de 2020, percebeu uma relação entre os pais que se queixavam do sono dos filhos e casos de autismo mais numerosos entre essas crianças.
Esta pesquisa diz ser evidente que as complicações do sono nos primeiros doze meses de vida de um bebé podem levar a um diagnóstico de autismo.
Annette Estes, autora do estudo e diretora do Centro de Autismo da Universidade de Washington (EUA), afirmou que “o hipocampo é fundamental para a aprendizagem e a memória, e mudanças no tamanho do hipocampo foram associadas a um sono insuficiente em adultos e crianças mais velhas. Cerca de 80% das crianças com transtorno do espectro do autismo têm problemas de sono”.

Os autores do estudo dizem ainda que o as alterações no sono podem ser uma característica de algumas crianças com autismo. “Uma pista é que as intervenções comportamentais para melhorar o sono não funcionam para todas as crianças com autismo, mesmo quando os pais seguem todas as orientações”, afirmam.
Dos 432 bebés analisados, 127 foram classificados como de “baixo risco” em relação à probabilidade de desenvolverem autismo (porque não havia histórico de autismo em nas famílias). Posteriormente, as crianças foram analisadas aos dois anos de idade. Nessa altura, 71 dos 300 participantes que inicialmente se diziam pertencer ao lote de alto risco foram identificados com autismo.

Resumidamente, pais que se queixaram do ciclo irregular de sono dos filhos, mais tarde confrontam-se com o diagnóstico de autismo.
Naturalmente, deve considerar-se que os padrões de sono das crianças vão-se alterando com o tempo, até que os bebés/crianças têm um ciclo mais completo de descanso, tal como os adultos.

No entanto, os investigadores afirmam serem necessários mais estudos para se concluir que distúrbios de sono nos primeiros meses de vida podem, definitivamente, ser um fator precedente do autismo.