Um estudo recente aponta para uma relação entre o sono e a dieta, mas com um impacto preponderante nas mulheres.
A investigação feita com mulheres entre os 20 e os 75 anos, na Universidade de Columbia (EUA), descobriu-se que sono insuficiente pode levar a que se sigam dietas menos corretas, principalmente no caso das mulheres.
Enquanto estudos anteriores consideravam apenas a duração do sono, este novo estudo analisou o impacto na dieta, mas de uma forma mais ampla (ao contrário de outras investigações que se centraram em alguns nutrientes apenas).

Para avaliar a qualidade do sono, os investigadores registaram a duração de sono, o tempo que as mulheres precisaram para adormecer e se tiverem insónia. Além disso, as participantes do estudo também descreveram os seus hábitos alimentares.
E, assim, percebeu-se que mulheres que sofriam de um tipo de insónia mais grave consumiram, globalmente, mais comida e menos gorduras não saturadas. As que tiveram dificuldade em adormecer registam, em comparação com outras mulheres, uma ingestão calórica maior.
O que se entende é que uma má qualidade do sono pode levar ao consumo excessivo de alimentos e calorias, estimulando os sinais de fome ou suprimindo os sinais de satisfação.

Mas porquê este estudo focado nas mulheres?

Naturalmente, não são só as mulheres que precisam ter consciência do impacto do sono nos hábitos alimentares, mas a verdade é que as mulheres são particularmente propensas a distúrbios do sono durante toda a vida. Seja porque assumem a responsabilidade pelas crianças ou devido a alterações hormonais na menopausa, por exemplo.