Se dorme sete a oito horas todas as noites e mesmo assim acha que não dorme o suficiente, saiba que não é o único. Um estudo da Universidade do Iowa (EUA) chegou à conclusão de que atualmente não se está apenas a dormir menos, mas também a dormir pior.

Na análise, que foi publicada na Sleep Health, percebeu-se que as pessoas estão sobretudo com problemas para adormecer e com o sono interrompido.

Usando dados de uma pesquisa americana, os pesquisadores descobriram duas mudanças assinaláveis com implicações na qualidade do sono: mais 1,43% das pessoas relatam ter problemas para adormecer pelo menos uma noite por semana e mais 2,7% assumem dificuldade em permanecer a dormir pelo menos uma noite por semana.

As percentagens podem parecer pequenas, mas quando aplicadas à população dos Estados Unidos, percebe-se que mais de 5 milhões de pessoas vivem com um desses problemas de sono.

A pesquisa do CDC incluiu perguntas sobre a qualidade do sono desde 2012, e os pesquisadores estavam conscientes de usar dados de um grupo que representava a população maior, levando em consideração a idade e outros fatores.

“Quanto tempo dormimos é importante, mas quão bem dormimos e como nos sentimos em relação ao sono é importante por si só”, disse Zlatan Krizan, que participou do projeto. “A saúde do sono é um fenómeno multidimensional, portanto, examinar todos os aspetos do sono é crucial para futuras pesquisas”.

O estudo não descobriu nada específico sobre a causa exata do aumento dos problemas do sono, mas agora temos evidências comprovadas de que isso acontece sistematicamente. Esse conhecimento vai permitir um estudo mais aprofundado das nuances como o aumento do uso da tecnologia e a tecnologia no quarto afetam não apenas a duração do sono, mas também a qualidade do sono.