A Organização Mundial de Saúde recomenda a amamentação exclusiva até aos 6 meses de vida. Além de uma nutrição perfeita e do papel no estreitamento de laços entre mãe e bebé, há mais benefícios associados.

Estudos recentes sugerem que quanto maior for o tempo de amamentação, menor a probabilidade de ressonar em idade escolar. O ressonar é o sinal mais frequente da perturbação da respiração durante o sono e ocorre em cerca de 15% das crianças.
Está, muitas vezes associado, a outras manifestações como apneias, sono agitado, perturbações do comportamento e da aprendizagem, problemas cardiovasculares e do crescimento.
O seu aparecimento pode estar relacionado com o aumento das dimensões do tecido linfoide (amígdalas e adenoides), ao qual se associam alterações da anatomia da face e dos músculos da língua e da boca.

A amamentação tem um papel importante no desenvolvimento da função de deglutição da língua e promove uma melhor respiração. É um reflexo complexo que requer uma força considerável da criança. O peito, maleável, adapta-se à boca da criança, e a língua desenvolve um movimento por baixo do peito. Este movimento é crucial para o desenvolvimento adequado da deglutição, da mandíbula e para o alinhamento dos dentes e a moldagem do véu do palato. Se o peito for substituído por um objeto mais duro (tetina ou chupeta), a boca da criança tem de se adaptar ao formato e pode sofrer alguma modificação.

Além disso, a proteção imunológica conferida pelo leite materno permite a diminuição das infeções virais e a consequente inflamação das vias aéreas e hipertrofia do tecido linfoide, fatores que promovem o estreitamento e o colapso das vias aéreas, que resultam em dificuldades respiratórias.