A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, representando o Alzheimer 60% a 70% desses diagnósticos.
Apesar de em Portugal não haver um estudo epidemiológico, dados da Alzheimer Europe apontam para perto de 194 mil pessoas com demência.

 

Depois do diagnóstico da doença é necessário que, tanto o doente como a família e amigos, entendam também as repercussões ao nível do sono.
Uma grande percentagem das pessoas com Alzheimer vê alterações nos padrões de sono, que em alguns casos se reflete em insónias e noutras numa necessidade de prolongar o sono.

Esteja atento aos sinais

Pessoas que dormem pouco têm cinco vez mais probabilidade de desenvolver Alzheimer precocemente – mesmo que ainda não haja perda de memória.

É importante consultar um médico caso note que o seu sono (ou de um familiar) está pior ou que adormece (pequenas sestas), com mais frequência. Isto é importante para um diagnóstico na fase inicial da doença.

Por outro lado, como consequência de um sono de pouca qualidade, é comum que pessoas com Alzheimer se sintam muito cansadas, especialmente ao fim da tarde e início da noite. Naturalmente, esse cansaço pode contribuir para o agravar do estado mental.

É importante que se mantenha ativo ao longo do dia, limitando as hipóteses de dormitar, o que por vezes interfere no sono noturno.

Medicamentos para dormir?

É sempre importante consultar o seu especialista de saúde sobre estas questões, mas normalmente antes de se avançar para tratamentos medicamentosos, estimula-se a alteração do estilo de vida, para hábitos mais saudáveis. Um horário regular de tanto para dormir como para comer pode ser eficaz, assim como evitar estimulantes como álcool, cafeína e nicotina.

Além disso, a exposição matinal à luz solar e o exercício diário podem ajudar as pessoas com demência a obter um sono de maior qualidade – apenas certifique-se de que a atividade física acontece pelo menos quatro horas antes de dormir.

Se essas alterações não melhorarem o sono da pessoa, converse com um médico sobre se os medicamentos para dormir podem ser apropriados.