A privação de sono em massa está relacionada com o acesso generalizado à Internet. A conclusão é de um estudo, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação, que alega que o uso de vários dispositivos conectados à Internet de alta velocidade faz com que os utilizadores durmam, em média, menos 25 minutos por noite do que as pessoas sem acesso à mesma.

“O vício na Internet e o uso de tecnologia perto da hora de dormir costumam ser apontados como uma das principais causas da epidemia de privação de sono”, referiu Luca Stella, investigador do Centro Carlo F. Dondena de Pesquisa sobre Dinâmica Social e Política Pública na Universidade Bocconi (Itália), citado pela Digital Trends.

woman sitting on bed with MacBook on lap

“No entanto, a evidência empírica sobre essa relação ainda é limitada. No nosso estudo, primeiro mostramos evidências descritivas de que o uso de dispositivos digitais à noite está correlacionado com uma duração mais curta do sono. Em seguida, explorando as diferenças no acesso à Internet de alta velocidade causadas pela infraestrutura telefónica pré-existente na Alemanha, analisamos a relação entre a Internet de alta velocidade e o sono. Descobrimos que o acesso à Internet de banda larga reduz a duração do sono e a satisfação com o sono”, acrescenta o mesmo investigador.

Outro estudo de 2018 corrobora esta ideia de que a Internet reduz as horas de descanso. Mais de 1300 pessoas foram questionadas, nos Estados Unidos da América, sobre o uso de serviços de streaming e a quantidade de sono obtida. 35% afirmou que dormia menos para poder ver mais conteúdos.

Quando inquirida, a geração Z é a que se mostra mais preocupada com a redução do número de horas de sono, enquanto a população com mais de 65 anos desvaloriza o facto.