Quanto às repercussões ao nível da aprendizagem, um estudo da Universidade de Chicago e da Universidade de Louisville, publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, concluiu que esta síndrome pode causar deterioração cognitiva, observando que apenas o fato de roncar já afeta as funções neurocognitivas. A falta de oxigénio no cérebro, devido à obstrução das vias aéreas em crianças com distúrbio respiratório do sono, apresenta consequências negativas para todo o organismo. Além do ressonar, outros sinais devem ser tidos em conta pelos pais.
Durante o sono, a criança pode apresentar:
- Ronco que pode ser ou não ser alto, mas é recorrente ao longo do tempo;
- Inspiração difícil ou respiração barulhenta que pioram quando a criança está deitada de costas;
- Pausas respiratórias curtas (parece que a criança parou de respirar), para reiniciar muitas vezes com um ruído alto;
- Dificuldade em respirar pelo nariz, dormindo de boca aberta;
- Muitas mudanças na posição de dormir com despertares frequentes durante o sono;
- Urinar na cama, principalmente se a criança já não o fazia durante a noite.
Durante o dia da criança com AOS revela:
- Problemas de atenção ou mau desempenho na escola;
- Hiperatividade e outros problemas de comportamento;
- Alterações de personalidade, como mau humor ou irritabilidade;
- Sonolência, fadiga ou cansaço extremo;
- Dor de cabeça, principalmente pela manhã;
- Voz anasalada.
Como diagnosticar?
O médico assistente da criança pode averiguar os sinais e sintomas da Apneia Obstrutiva do Sono, através de uma consulta e de exames físicos avaliando, ainda, a necessidade de realizar uma polissonografia (um exame feito num laboratório do sono, durante a noite). O tratamento varia de caso para caso dependendo do quadro apresentado (excesso de peso, alergias, anatomia das vias respiratórias…).
O importante é despistar, uma vez que a qualidade do sono e o desempenho diário da criança podem estar a ser diretamente prejudicados.